Congonhas

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Situada em um vale e emoldurada por majestosas montanhas, Congonhas do Campo, a 70 Km de Belo Horizonte segue enfeitiçando os visitantes de todo o Brasil e do mundo com a beleza de sua rica herança barroca.

Os primeiros registros de ocupação humana datam de fins do século XVII, quando toda a região fervilhava de aventureiros em busca de ouro. Boa parte da bandeira de Bartolomeu Bueno povoou a Vila Real de Queluz (Conselheiro Lafaiete) em 1700, mas outros membros da expedição seguiram viagem e fundaram outros povoados como o Arraial de Congonhas às margens do Rio Maranhão.

O nome do povoado vem da planta "congõi" que recobria os campos da região e em tupi significava "o que sustenta, o que alimenta". Conta-se que havia tanto ouro em Congonhas que pepitas chegavam ao tamanho de batatas.

Tanta riqueza atraiu à cidade o genial Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, um dos principais artistas plásticos do Brasil. A passagem de Aleijadinho por Congonhas legou a Minas e ao Brasil um dos mais espetaculares tesouros do barroco: o complexo arquitetônico da Basílica Santuário do Bom Jesus de Matosinhos.

O conjunto arquitetônico e artístico da Basílica é simplesmente de tirar o fôlego. A obra-prima do artista se destaca pelos ricos entalhes e decoração interna rococó, pelas 12 grandes estátuas em pedra sabão dos profetas e pelas seis Capelas dos Passos distribuídas sobre uma suave colina na área externa do templo.

Nas capelas, que recriam de maneira teatral e didática a paixão de Cristo, há 66 realistas estátuas talhadas em cedro e coloridas magistralmente pelo Mestre Ataíde, grande pintor e decorador sacro brasileiro.

O Santuário foi declarado Patrimônio Mundial pela Unesco em 1985 e fez com que Congonhas ficasse conhecida atualmente como "Cidade dos Profetas".