A mistura do cristianismo com crenças africanas proporciona ao Estado diversidade religiosa única

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Católicos, muçulmanos, judeus, umbandistas: todas as religiões convivem pacificamente no Brasil. Embora tenha sido colonizado por portugueses, cuja principal religião é o cristianismo, o País recebeu imigrantes de todas as partes do mundo, o que contribuiu para que a nação fosse construída sob o preceito da tolerância de crença. No País, o maior exemplo disso se encontra na Bahia.

A capital baiana, Salvador, é conhecida por preservar tanto o catolicismo quanto os rituais e crenças vindos da África. O Candomblé, religião afro-brasileira, é um dos principais responsáveis pela propagação da cultura negra tão inserida na Bahia. Em seus terreiros, local onde se realizam os cultos cerimoniais e oferendas aos Orixás (deuses africanos que correspondem aos fenômenos da natureza), além da religiosidade, a música, a culinária e as danças trazidas pelos escravos permanecem quase que intactos.

Vários terreiros de Salvador são tombados pelo patrimônio histórico e entre os mais famosos destacam-se o Gantois, da famosa Mãe Menininha, o Casa Branca, mais antigo da cidade e o Ilê Axé Opô Afonjá, de Mãe Stella de Oxóssi. Para conhecer é necessário marcar horário com antecedência, mas é possível ir em dias de festa e, no caso do Gantois e do Ilê Axé Opó Afonjá, existe um museu que pode ser visitado.

Há também um folclore que diz que a Bahia tem 365 igrejas, uma para cada dia do ano. Se você, caro viajante, tiver tempo, vale a pena conhecer algumas e descobrir as belezas que as igrejas guardam em um rico acervo de história e cultura. A Igreja Basílica de Nossa Conceição da Praia, por exemplo, guarda as ruínas da primeira casa de oração de Salvador e foi fundada pelo 1º governador geral do Brasil, Thomé de Souza. De estilo barroco, conta com a única pintura de teto em 3D da América Latina, que foi produzida em formato de nave.

Já a Igreja da Ordem Terceira de São Francisca, uma das igrejas mais belas de Salvador, a fachada é de estilo barroco, construída sob técnicas que transmitem sensações visuais de profundidade e sombra. O local também mantém o único conjunto de azulejaria portuguesa que representa a cidade de Lisboa, em Portugal, antes do terremoto de 1755. Você também poderá encontrar a "Casa dos Santos", espaço que guarda imagens em tamanho natural.

A Igreja Basílica de Nosso Senhor do Bonfim é, sem dúvida, a igreja mais popular da Bahia. Atrai milhares de peregrinos, fiéis e turistas na segunda quinta-feira do mês de janeiro, após o Dia de Reis, e tem sua fachada parcialmente coberta por azulejos. Seu interior foi construído em estilo neoclássico e os portões que circundam o espaço são revestidos pelas tradicionais fitas do Senhor do Bonfim, símbolos da fé baiana, postos por fiéis de todo o mundo que visitam o templo e fazem pedidos ao santo.

O maior templo construído pelos jesuítas no Brasil, a Catedral Basílica Primacial do Salvador é considerada a "igreja mãe" de todos os templos católicos de Salvador, a Catedral Basílica abriga os principais atos litúrgicos do Estado, presididos pelo arcebispo primaz. Construída sob um estilo genuinamente barroco, a igreja possui um grandioso acervo de arte sacra.